Acne da Mulher Adulta

 

A acne da mulher adulta é uma doença inflamatória que surge nas mulheres a partir dos 25 anos ou que inicia-se na adolescência e persiste na fase adulta. 

Possui múltiplas causas como predisposição genética, alteração hormonal, estresse, tabagismo, alimentação inadequada. Cerca de 50% das mulheres que têm esse diagnóstico possuem história na família de acne. 

Uma das causas relacionadas é a síndrome dos ovários policísticos (SOP), onde o hiperandrogenismo e alterações hormonais desencadeiam um processo de estímulo da glândula sebácea provocando a acne. Nestes casos, é comum perceber a piora no período pré-menstrual. Entretanto, algumas pacientes possuem dosagens hormonais normais, mas suas glândulas são mais sensíveis aos andrógenos, o que estimula a produção de sebo com oclusão do poro na pele, desencadeando a acne.

Estresse e tabagismo também podem ser fatores agravantes e o uso de cosméticos inadequados e oclusivos contribuem para o agravamento das lesões.

Outro fator importante é o uso de suplementos alimentares, que podem conter hormônios e vitaminas do complexo B que pioram a acne.

A alimentação também tem papel importante. Sabe-se que é mito o chocolate causar espinhas. Os grandes vilões são os alimentos ricos em açúcar e carboidratos refinados que elevam o índice de insulina e contribuem para um desequilíbrio hormonal, levando a piora da acne.

Na acne da mulher adulta, há presença de cravos e espinhas (muitas vezes dolorosas) principalmente no queixo, mandíbula e pescoço (porção inferior do rosto). As lesões podem deixar manchas escuras e cicatrizes.

O tratamento é fundamental para o controle das lesões. Mas antes de iniciar o tratamento, é importante fazer uma avaliação com o médico dermatologista, que irá fazer a história completa do paciente para entender a causa da acne.

E além disso, alguns pacientes podem necessitar de uma investigação com exames laboratoriais.

O tratamento engloba o uso de sabonetes anti-acne, protetor solar com toque seco, géis a base de ácidos (como ácido azelaico, adapaleno, ácido salicílico) e o peróxido de benzoíla. E em casos resistentes, o uso de medicações orais antiandrogênicas se faz necessário. O tratamento ajuda no controle da produção de sebo, diminuição do processo inflamatório e clareamento gradual das manchas residuais.

A combinação de procedimentos (como limpeza de pele, peelings e laser) pode ser uma aliada ao tratamento, melhorando a autoestima das pacientes.

Importante! Não cutucar as lesões, isso piora a inflamação e leva ao aparecimento de manchas e cicatrizes.

A automedicação também é perigosa, pois pode levar a efeitos colaterais ou agravar o quadro de acne.

Na dúvida, procure o médico dermatologista para fazer o diagnóstico e orientar o melhor tratamento para você.

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