HIPERIDROSE
HIPERIDROSE

O excesso de transpiração ou hiperidrose é um problema comum, que piora muito a qualidade de vida causando constrangimento nos relacionamentos pessoais e profissionais. Acredita-se que tenha um componente genético importante, pois é comum encontrarmos pessoas da mesma família com o problema.

As glândulas sudoríparas são responsáveis por produzir o suor e a transpiração tem uma importante função de manter a temperatura ideal do corpo. Quando está frio, por exemplo, o organismo diminui a produção de suor para diminuir a perda de calor para o ambiente e o contrário ocorre quando está calor.

Sabemos também que algumas situações podem desencadear ou piorar a transpiração, como aumento da temperatura do ambiente (dias mais quentes), aumento da temperatura corporal (durante a realização de atividades físicas, por exemplo) e situações de stress.

Quem sofre de hiperidrose deve evitar alguns gatilhos que provocam aumento da temperatura corporal, como:

– Locais aglomerados, estresse emocional, comidas apimentadas e bebidas alcoólicas;

– Roupas justas e de trama fechada, pois dificultam a circulação de ar;

– Roupas e sapatos de tecidos sintéticos que não absorvem a transpiração. Dar preferência aos tecidos naturais como algodão, linho, seda, couro;

Além dessas orientações básicas, podemos associar diversos tratamentos que serão discutidos aqui:

– Tópicos: ativos aplicados na pele ao deitar, formando um gel quando em contato com o suor da glândula sudorípara e gerando um tampão que impede temporariamente a saída do suor. Com a renovação da pele, o tampão acaba saindo e por isso o uso desses ativos deve ser contínuo. Ativos derivados de alumínio são os mais utilizados nesses produtos.

– Oral: são usados nos casos resistentes aos outros tratamentos ou em casos de hiperidrose generalizada (várias partes do corpo acometidas). São agentes que impedem a transmissão do impulso nervoso na glândula sudorípara, diminuindo sua atividade. Por ter um efeito sistêmico, pode levar a efeitos colaterais como boca seca, visão embaçada, olhos secos, aumento da temperatura corporal, entre outros.

– Injetável: realizamos a aplicação de toxina botulínica no local acometido. Uma vez injetada na pele, vai impedir a transmissão do impulso nervoso que ativaria a produção de suor pela glândula sudorípara. O efeito dura em média 6-8 meses e os pacientes podem fazer a sessão 1-2x por ano a depender de cada caso. O incômodo desse procedimento é a dor no local das injeções, que podem ser amenizadas com a aplicação de anestesia.

– Cirurgia: procedimentos invasivos são considerados quando os tratamentos conservadores falharam.

Bibliografia:
J Am Acad Dermatol. 2019 Sep;81(3):669-680. doi: 10.1016/j.jaad.2018.11.066. Epub 2019 Jan 31. Review.
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